05 dezembro, 2014

Presa a minha liberdade


Éramos apaixonados um pelo outro, ou ao menos achávamos que eram. Eu nunca consegui entender o porquê nunca consegui manter meu foco em uma pessoa só, não por muito tempo. Sempre me cansava, me entediava das mesmas conversas, da mesma rotina. Eu nunca fui de seguir rotinas, hoje eu era uma pessoa, amanhã eu era outra e assim por diante, não que eu tivesse duas personalidades, mas é que a cada dia eu acordava diferente, com vontades diferentes, com rumos diferentes, e juro que nunca entendi o porquê disso.  Sempre via minhas amigas com aquelas paixonites platônicas, que elas queriam para sempre ao seu lado, enquanto eu procurava ler algum livro longe de romances bonitinhos.

Acho que eu nunca consegui me prender de verdade a um garoto, a uma paixão, a um amor. Pra mim, tanto faz eu querer ta com um algum hoje, como amanhã eu queria estar só. Sempre amei o fato de ser livre, a liberdade me completava e até hoje é assim. Não costumo carregar ninguém, adotei aquela coisa de que a gente nasce sozinha e morre sozinho, então, ainda levo comigo essa ideia. Não que eu seja uma garota qualquer que gosta de um garoto hoje, de outro amanhã, mas é que quando eu penso “dessa vez vai”, mas meu coração faz o favor de dizer “nem se anime, ainda não é dessa vez.”. 
  
É complicado demais ser assim, a gente sempre acha que vai acabar sozinho, não por vontade própria mais sim porque teu coração insiste em não se apegar a ninguém.  O porquê de ele ser assim? Decepções talvez. É decepções define bem. Sempre que acho que estou amando de verdade, sempre que digo o primeiro “eu te amo”, no outro dia parece que todo encanto se quebrou, se foi. Por mais que eu tente, por mais que eu insista, eu não consigo, é mais forte que eu.  Ás vezes ou quase sempre, me sinto uma pessoa vazia. Vejo todos casando, tendo filhos, enquanto eu só quero viajar pelo mundo, conhecer gente nova e ser livre.  Sempre gostei de ser livre, infinita como o céu, a lua, as estrelas. 


Respiro fundo, e quando penso “eu sou livre”, sempre sorrio e me sinto a pessoa mais feliz do mundo. Esse sentimento de liberdade não tem preço, por isso talvez, não consigo me prender a ninguém. Eu nasci pra ser livre, nasci pra ser dona de mim mesma, pra mandar e desmandar em mim como eu bem entender, e se os outros não gostam que se danem os outros, eles são apenas os outros, e sempre serão os outros. Mas, se bem que ás vezes da aquela saudade de chamar alguém de seu, passar horas no celular conversando bobagens, ter aquela cara idiota de garota apaixonada, mas logo em breve, essa sensação passa. Tudo passa, até minha vontade de ser de alguém fixamente. 

(Jheny Lopes)

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